quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Fidel x Cuba


Eles me provocaram…


Eu estava aqui, quietinha, evitando atacar Fidel porque reconheço que já é um senhor de idade. Minha mãe sempre me ensinou a respeitar os mais velhos, e meu ex-marido me fez desenvolver um certo carinho pela terceira-idade (Fofo, entenda como quiser!).

Olhem a fotografia acima. Onde está o erro?

No meu post anterior eu falava sobre o pobre que se matou de fome para protestar contra o governo cubano. Até aí tudo bem, direito dele! O detalhe é que Zapata era chamado de “mercenário a serviço do governo americano” somente por não aceitar a tirania de Fidel e a miséria que seu governo impunha ao povo. É um povo miserável porque o governo tolhe.

Já Fidel, caros leitores, aparece na fotografia acima usando um casaco da NIKE. Mas um vez lembro um frase do meu ex: “Deus está nos detalhes”! Que esses pseudo-revolucionários de meia tigela que as universidades públicas brasileiras produzem a torto e a direito usam tênis Adidas sujos (por que são porcos mesmo) a gente ta cansada de saber. Mas Fidel usando NIKE traumatiza até a mim que sempre fui direitista declarada. E eu que achei que fui genial ao brindar a renúncia dele com Coca-Cola. Se bobear, ele é um dos acionistas!

Os detalhes gritam, e os intelectualóides tupiniquins ainda usam blusas de Che Guevara, cantam a Internacional e querem fazer aqui la revolución...

E eu, direitista, não uso Nike porque acho caro.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Cuba x Cuba



Morreu ontem, num hospital no centro de Havana, um dos princinpais dissidentes políticos cubanos, Orlando Zapata. Sua morte foi fruto de uma greve de fome que durou 85 dias. O governo cubano foi informado sobre o frágil estado de saúde de Zapata, mas negou sua liberação. Até janeiro deste ano, Cuba mantinha 201 presos políticos, acusados de serem “mercenários à serviço dos Estados Unidos”.

É estranho que já nos dias atuais ainda se mantenham presos políticos,” prisioneiros de consciência” como era chamado Zapata. Mesmo em Cuba é de se estranhar, afinal o governo cubano já liberou a compra de torradeiras... (parece piada, teve um “q” de ironia, mas é verdade!)

Minha opniões são geralmente avessas aos governos esquerdistas. Mas, pela primeira vez na história vou etr que defender o governo Cubano. Zapata era sim um “prisioneiro de consciência”. A partir do momento em que o cidadão não concorda com o governo em vigor e o ataca diretamente, colocando a ordem do mesmo em risco, assume um lugar de destaque numa zona de perigo. Governos revolucionários tendem a reprimir todo e qualquer tipo de “subversão”. Apesar de não apoiar a prisão de Zapata, não posso achar que o governo Cubano teve culpa em sua morte. A prisão era um fato, o Estado cumpriu com sua obrigação de alimetá-lo. Quem resolveu parar de comer como forma de protesto foi o prisioneiro, e a morte foi consequência de sua decisão.

Que o governo revolucionário cubano tem que acabar, todos nós sabemos. Mas o motivo, certamente, não vai ser a voluntária morte de um protestante.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A luta pela água


Viver em comunidade é uma coisa difícil.
Na verdade, ultimamente eu tenho achado que a convivência comigo mesma é um desafio tremendo. Se já não bastasse eu ter que me suportar, preciso lidar com os pormenores do dia-a-dia. As imbecilidades do cotidiano me enlouquecem.
Para tirar uma criatura do sério existem as pessoas burras e as insuportáveis. As burras são aquelas que por uma incapacidade natural - que independe de sua vontade - são incapazes de compreender, exercutar ou aprender. A essas eu dou um desconto porque não pediram pra nascer assim, coitadas! As insuportáveis são aquelas que não adimitem aprender nada, e tem certeza de que sabem tudo. Com este tipo de gente não existe convívio ou diálogo possíveis. No ambiente profissional esta espécie se prolifera... Hoje enquanto o mundo do petróleo se acabava em problemas, um cidadão me fez discutir por causa do posicionamento de um bebedouro. É o cúmulo!
Desculpem o desabafo, mas eu precisava despejar em alguém!!!

E acabou o carnaval



Mascarada

(Zé Kéti e Elton Medeiros)

Vejo agora esse teu lindo olhar
Olhar que eu sonhei
E sonhei conquistar
E que num dia afinal conquistei, enfim

Findou-se o carnaval
E só nos carnavais
Encontrava-me sem
Encontrar este teu lindo olhar, porque

O poeta era eu
Cujas rimas eram compostas
Na esperança de que
Tirasses essa máscara


Que sempre me fez mal
Mal que findou só
Depois do carnaval



Neste ano resolvi me refugiar em Friburgo. Pensei: vou pra Serra, onde é frio e calmo. Vou dar paz ao meu coração. Já no ônibus conheci um belo rapaz que sentava-se no assento ao lado do meu. Um sorriso carnavalesco, ele tinha. Me ofereceu uma bala. Ah, aquela bala!  A conversa era dignia de um enredo nota dez. Certamente daria samba!
Resolvi ganhar aquele carnaval e convidá-lo pra me visitar. Ele aceitou e a noite foi apoteótica. Nunca havia tido um amor de carnaval antes... no lugar de do frio, a Serra ficou quente; a calma foi substituida por ansiedade, euforia, borboletas na barriga; eu que queria paz pro meu coração, me enamorei por um rapaz com Trevas no sobrenome. Acabou-se o meu sossego.
Findou-se o carnaval, eu troquei de máscara.
De volta à vida real e mais do que nunca ciente de que não fui feita para resistir a distâncias.